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ENINSCRIÇÕES ENCERRADAS
A ventilação mecânica (invasiva e não invasiva) consiste numa estratégia de intervenção para o tratamento de doentes com insuficiência respiratória aguda. É uma técnica complexa, para a qual é fundamental a tolerância da pessoa, mas também a existência de uma equipa multidisciplinar, formada, com competências para a sua correta implementação, monitorização e desmame, facilitadora da transição para outro nível de cuidados.
A Oxigenoterapia de Alto Fluxo, surge como uma alternativa à ventilação convencional, enquanto suporte respiratório não invasivo, em pessoas com insuficiência respiratória aguda hipoxémica grave, que necessitam de oxigénio com um fluxo elevado. Este tipo de oxigenoterapia é uma técnica não requer um ventilador, tem benefícios a nível da oxigenação e conforto da pessoa, para além de permitir uma permanência mais curta na Unidade de Cuidados Intensivos. Quando as medidas de suporte ventilatórios não são suficientes para o controlo da Insuficiência respiratória aguda, torna-se necessário o início de terapêutica de substituição da função renal.
A Oxigenação Extracorporal por Membrana (ECMO) é considerada como um suporte cardiopulmonar mecânico utilizado para tratar a insuficiência cardíaca e a insuficiência respiratória grave, ao permitir trocas gasosas extracorporais. A presente técnica inicialmente encontrava-se desenvolvida exclusivamente para ser utilizada durante a cirurgia cardíaca, contudo, nos tempos atuais o uso da mesma foi estendido às unidades de cuidados intensivos. Isto deve-se ao facto da ECMO ser atualmente utilizada em casos extremos de ARDS (Síndrome de Dificuldade Respiratória Aguda) refratária às técnicas convencionais de ventilação ou na prática de ECMO durante uma paragem cardiorrespiratória (PCR), que se denomina de Ressuscitação Cardiopulmonar Extracorporal (EPCR). Atualmente também está recomendado o uso de ECMO em pessoas adultas com SARS-CoV-2 ventilados mecanicamente e com hipoxémia refratária. É uma técnica de tratamento complexa, de alto risco e com custos elevados, que exige uma equipa multidisciplinar e multiprofissional diferenciada com capacidade de resposta imediata, para prestar cuidados à pessoa em situação crítica.
A evolução do conhecimento sobre cada uma destas técnicas e a sofisticação dos equipamentos exige uma constante atualização de conhecimentos, de forma a contribuir para a sua eficácia mas também para a segurança da pessoa cuidada.